Já é quase Natal!..

 Após um ano tão conturbado, estamos bem próximos do Natal, momento tão aguardado em nossa infância. Tempos de alegrias incontidas. Nossas mães nos colocavam para descascar mamões, lavar figos, mexer as panelas de doces de leite e até ralar milho para fazer pamonhas. Aqueles dias, que precediam o Natal, eram quase um ritual de purificação para a data mais festiva do ano. Temores eram apenas para os perus; aliás, aves tão raras nestes nossos dias quanto o amor e o respeito materializados nos cartões recebidos e amarrados nas singelas árvores enfeitadas com algodão e tenras bolinhas coloridas.

Mas hoje são outros tempos! Tempos de doces embutidos, flores artesanais e catões digitais. Se naqueles dias, não tínhamos dúvidas quanto às corres que vestiriam o Bom Velhinho, já não se pode afirmar atualmente, pois as cores causam divisões entre os entes mais queridos. Resta a pergunta que não que calar: Qual seria a atitude do papai esquerdista ao descobrir que o pezinho de meia colocado, junto à janela, é o direito? Ou, no caso de papai de direita, ao descobrir que filhão escolheu o pezinho esquerdo? Em caso de se deparar com os dois, em qual deles o Papai Noel deixará os presentes?

Em tempos do “politicamente correto”, teríamos coragem de soltar foguetes? Afinal, o que pensarão os nossos vizinhos? Vivemos a maior ditadura em tempo de paz! Poderemos vestir o branco, que simboliza a paz, em plena guerra ideológica? Poderemos vestir o amarelo, que simboliza a riqueza, sem que alguém se sinta ofendido ou diminuído? Desejaremos a paz a todos, ou apenas aos da fé?

Que o menino Jesus nasça, na manjedoura do nosso coração, e nos transforme em homens, mulheres e crianças de boa vontade. Que a Sua estrela brilhe com a verdadeira luz, que Dele irradia, transformando o nosso ser em uma fonte de fé, esperança, paz e, o mais importante, o amor.

Um Feliz Natal!