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A importância dos patrimônios naturais - Walber Gonçalves de Souza
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Publicado em 19/09/2017

Se há uma coisa que torna o ser humano melhor, que é capaz de promover o seu desenvolvimento, que possibilita a busca por uma qualidade de vida e não ocupa espaço nenhum é o conhecimento. O saber é a chave do maior tesouro que podemos ter, o conhecimento promove a vida.

                Podemos conhecer várias coisas e mesmo assim, como diria o filósofo Sócrates, permaneceremos sem saber quase nada, pois o segredo é saber que não sabemos de nada, por isso se faz necessário a constante busca pela sabedoria, pelo conhecimento.

                Podemos encontrá-lo nos livros, nos jornais, em uma boa conversa, nos museus, nos laboratórios, em uma sala de aula, numa palestra, num trabalho de campo, em uma pesquisa, na contemplação, na admiração, na ousadia de conhecer lugares... enfim, são tantos os caminhos que podemos percorrer para aprender que seria impossível listar todos aqui.

                Entretanto, dentre os inúmeros caminhos que nos possibilitam aprender, neste texto vou destacar um: os patrimônios naturais.

                Podemos entender como patrimônio natural “áreas de importância preservacionista e histórico. Fazem parte do Patrimônio Natural formações geológicas e regiões que constituem habitat de espécies animais e vegetais ameaçadas, com valor universal excepcional do ponto de vista da ciência ou da conservação”.

                E seria ainda mais específico pois tratarei das cavernas, um tipo de formação geológica que faz parte do imaginário das pessoas, mas que ainda é muito pouco valorizado em nosso país. Quando digo valorizado, refiro-me ao contexto da preservação, da pesquisa e do conhecimento que destes ambientes podemos adquirir.

                Muitas vezes quando passamos perto de um grande “paredão de pedra”, não nos damos conta de que ali pode estar escondido no seu interior um tesouro precioso, uma caverna. E em muitas delas encontram-se escondidas infinitas possibilidades de estudos, de promoção de educação ambiental e até mesmo áreas para as quais podem ser incentivadas ações que envolvam o turismo geológico e histórico.

                Nas cavernas podemos encontrar pinturas rupestres e a partir delas analisar como viveram nossos ancestrais; podem ser encontrados também fósseis de diversos seres que possibilitam o desenvolvimento de novas teorias que explicam a evolução das espécies; no interior delas há formações rochosas que revelam a evolução das eras geológicas; suas formas retratam como se deu a formação das paisagens em seu entorno; com base nela poderemos compreender como acontece a reposição dos lençóis freáticos. Enfim, numa caverna podemos encontrar infinitas possibilidades.

 

                Mas tudo isto só é possível se elas forem preservadas e cuidadas. Caso contrário, não tão diferente do que acontece com os demais patrimônios, estaremos desperdiçando e porque não dizer, sendo indiferentes à nossa maior riqueza: o conhecimento. 

Walber Gonçalves de Souza é professor e membro das Academias de Letras de Caratinga e Teófilo Otoni.

 

                

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