Viver em um mundo justo e feliz talvez seja o grande objetivo da humanidade. Todos nós queremos viver dignamente, ter pelo menos as condições básicas de manutenção da própria vida.
Almejamos constantemente por dias melhores: um mundo menos violento, com mais tranquilidade, em que as instituições funcionem, no qual possamos ter as necessidades básicas de saúde, educação, lazer, moradia, dentre outras, serem atendidas. Queremos um mundo onde reine a paz, a fraternidade, a justiça entre nós.
Todavia, sempre esperamos que o outro faça a sua parte, que o outro cumpra o seu papel, que o outro desempenhe exemplarmente sua função, que o outro dedique seu tempo em prol da caridade e do próximo, enfim, sempre o outro.
Parece que queremos a mudança, que queremos um mundo melhor, mas não queremos mudar e nem tão pouco colaborar para que este mundo melhor aconteça de fato. Vivemos como telespectadores, gostamos de ver tudo acontecer ao nosso redor e só entramos em cena quando algo parece que irá nos favorecer. Justamente o nosso grande engano.
Se pararmos para pensar muita coisa que anda em desagrado ao nosso redor não depende de ninguém para ser melhor, a não ser de nós mesmos. Literalmente significa cada um de nós fazer, simplesmente, a sua parte. E por incrível que possa parecer a maioria das situações são coisas simples, possíveis de serem executadas.
Quer um mundo melhor? Crie o hábito da leitura, estude, se possível viaje, conheça lugares bacanas, como museus, parques, pontos turísticos. Toda cidade tem alguma coisa legal para se conhecer. Quer um mundo melhor? Concentre-se mais, acalme-se, ore, reze, medite. Quer um mundo melhor? Cuide da sua rua não jogando ou colocando lixo fora de hora ou em qualquer lugar. Quer um mundo melhor? Tenha amigos e conviva com eles. Quer um mundo melhor? Doe-se um pouco, faça o bem, dedique-se a algum projeto que irá beneficiar alguma pessoa ou grupo. Há inúmeros estudos que apontam que ajudar faz bem não só para quem é ajudado, mas para quem ajuda também. Quer um mundo melhor? Lembre-se que em muitos casos menos é mais, por isso agradeça pelas coisas que você já conquistou e tenha a certeza que nunca conquistaremos tudo que almejamos. Quer um mundo melhor? Procure fazer o que te deixa em paz, com a consciência limpa, tranquila. Como diz o ditado popular: nada melhor do que uma noite bem dormida com a consciência tranquila. Quer um mundo melhor? Acredite em você, esforce-se, chega de esperar que o outro faça.
Sempre podemos fazer o que nos cabe, a nossa parte. Provavelmente aí está o segredo que tantos buscamos e que fará com que a nossa sociedade se transforme no que queremos. Precisamos acreditar que somos o agente da própria história, é preciso fazer mais e esperar menos; gastar a vida e não vê-la passar. Afinal, o que eu posso fazer?
*Walber Gonçalves de Souza é professor, escritor e membro das Academias de Letras de Caratinga, Teófilo Otoni e Maçônica do Leste de Minas, com artigos publicados constantemente em diversos jornais de nosso País.